Em seus perfis nas redes sociais e sites na internet, os pré-candidatos da oposição – Júnior Friboi, do PMDB; Antônio Gomide, do PT; e Vanderlan Cardoso, do PSB – postam fotos e notícias mostrando e informando que estão percorrendo os municípios para “conversar”, “ouvir” e “debater” com o povo.
Não há outra palavra para classificar esse tipo de afirmação dos três oposicionistas: é mais que uma fantasia, é uma mentira.
Começar uma campanha faltando com a ética e com a verdade não é um comportamento digno de quem quer governar Goiás. Friboi, Gomide e Vanderlan estão viajando ao interior, sim, e quase todo dia. Mas daí a passar a versão de que estão participando de grandes eventos e tendo contato com amplas camadas da população, vai uma grande distância.
Com mais de 6 milhões de habitantes, Goiás não é uma praça de Atenas. Não é possível, a não ser através dos meios de comunicação de massa, como a televisão, falar com grandes parcelas da sociedade. É um direito dos candidatos ir ao interior e participar de reuniões, quase sempre pífias e sem público, mas falsear esses acontecimentos e vender a versão de uma mobilização de multidões – eis aí uma desonestidade política sem tamanho.
Mais grave é que, em pleno século 21, na vigência plena e absoluta dos meios de comunicação acelerada e universalizada, onde em todo e qualquer lugar há sempre uma testemunha com uma câmera de celular na mão, a estratégia de Friboi, Gomide e Vanderlan acaba expondo as suas figuras ao ridículo. Campanha corpo a corpo, campanha de reuniões e comícios – isso é coisa do passado longínquo, que não tem mais qualquer influência no resultado das eleições.
Faz dó ver o esforço de um bilionário, como Friboi, um milionário, como Vanderlan e um remediado, mas bem intencionado, como Gomide correndo pelo interior afora em troca de nada e ainda fantasiandona divulgação dos sucessivos vexames de público a que estão sendo submetidos.
Em uma época em que o futuro já chegou, querem ressuscitar o passado. E com mentira.