Os fatos vão se sucedendo, no cenário político, e indicando que, para Antônio Gomide, não foi bom negócio renunciar a 2 anos e 7 meses de mandato como prefeito de Anápolis para se lançar na aventura de disputar o Governo do Estado pelo PT.
O quadro é dramático. Gomide ainda não conseguiu aliados de expressão. Não arrumou partidos para fazer coligação e não tem nomes para compor a chapa majoritária (vice e senador). Para piorar, é obrigado a colar sua imagem à da presidente Dilma Rousseff, consagrada nesta sexta-feira como a candidata do PT em outubro próximo, mas mergulhada em um intenso processo de perda de prestígio e caindo fortemente nas pesquisas.
O instituto Sensus, em levantamento que acaba de ser divulgada, mostrou Dilma com rejeição de 42% (o MDA, contratado pela CNT, há poucos dias deu rejeição de 43% para ela). Isso significa que quase a metade da população brasileira não vota na presidente de jeito nenhum. Ambos os institutos mostraram que a eleição vai para o segundo turno e que Aécio Neves, do PSDB, está crescendo e já morde os calcanhares do poste de Lula.
Pois Gomide, em Goiás, onde a rejeição de Dilma é ainda maior, terá que carregar esse peso morto junto com a sua candidatura. E pagar a conta dos malfeitos do PT no Governo – desde a antiga roubalheira do mensalão até a recente onda de corrupção na maior empresa brasileira, a Petrobrás – destruída pelos petistas.
O homem entrou numa gelada.