O empresário Vanderlan Cardoso vive dizendo que, se eleito governador, vai copiar em Goiás o modelo implantado por Eduardo Campos em Pernambuco.
Vanderlan é uma espécie de fã número um do Estado nordestino. Tanto que levou o grosso dos seus investimentos empresariais para lá, implantando duas fábricas em Caruaru, município do agreste pernambucano: uma, de salgadinhos, duas vezes maior que a Myco’s de Senador Canedo; e outra, em parceria com sócios chineses, para montar motos e triciclos – tudo configurando um gasto de R$ 115 milhões de reais para gerar empregos e riquezas para… os pernambucanos.
Mas Pernambuco está longe de ser o mar de rosas apregoado por Vanderlan quando faz propaganda negativa de Goiás. As contas do Governo do Estado, lá, estão no vermelho há três anos. Há problemas graves de infraestrutura, inclusive no distrito industrial de Caruaru, onde Vanderlan localizou as suas novas indústrias. O Pacto pela Vida, lançado por Eduardo Campos para reduzir os homicídios em 12%, ao ano, nunca alcançou essa meta e sequer chegou aos 7%.
Agora, vamos ver a situação da Educação em Pernambuco: será que Vanderlan sabe que o Estado está em último lugar – isso mesmo: último lugar – no ranking dos salários médios pagos aos professores da rede pública? Um professor estadual pernambucano, de nível superior, ganha em média 1.284 reais por mês, verdadeira mixaria perto de Goiás, por exemplo, que está em 15º lugar e paga salários médios 30% superiores aos seus professores.
Pernambuco exemplo para Goiás? Isso é conversa mole de Vanderlan.