Iris Rezende, conforme deixou bem claro na carta em que renunciou à pré-candidatura a governador, saiu da disputa com Júnior Friboi para não ser acusado de dividir o PMDB.
“Não quero que meu nome seja instrumento de cisão desse partido”, escreveu o velho cacique peemedebista.
Mas Iris, hoje, está fazendo exatamente o que disse que não faria: forçando o seu nome como “instrumento de cisão” do PMDB.
Na verdade, Iris saiu da briga com Júnior Friboi porque a sua avaliação – e a de todo mundo – mostrava que ele ia perder. Em um confronto em qualquer tipo de colegiado, dentro do PMDB, seja no diretório, seja na convenção, seja em prévias, o bilionário seria o vencedor, mesmo porque ganhou fama comprovada de ser um político generoso, enquanto Iris permanece reclamando dos gastos de campanha – apesar da sua imensa fortuna pessoal.
Agora, Iris manobra na tentativa de dar uma rasteira em Júnior Friboi, mas esbarra na determinação do empresário – nesta sexta, em O Popular, ele avisa que vai “até o fim” e que está pronto para disputar a convenção, se for preciso. O ambiente, dentro do PMDB, está tenso.
Iris saiu para não dividir o PMDB, segundo as suas próprias palavras, mas quer voltar… mesmo que isso signifique a divisão do PMDB.