Depois de renunciar à pré-candidatura a governador, Iris Rezende entrou em atividade frenética e deu dezenas de entrevistas, no esforço para abalar o comando que o bilionário Júnior Friboi passou a ter sobre o PMDB.
O falatório de Iris é o mesmo de sempre. Como recebeu de Deus o dom para fazer política, está pronto para mais uma vez se sacrificar para servir ao povo – o mesmo “povo” que passa o dia clamando pela volta de Iris, segundo ele mesmo, claro.
Mas, a O Popular, nesta semana, o velho cacique peemedebista saiu-se com uma boa: disse que “não devemos eleger os políticos que não cumprem o que prometem”.
Nisso, Iris tem razão. Não devemos mesmo eleger os políticos que não cumprem o que prometem. A começar pelo próprio Iris, que prometeu em campanha de 2004 resolver o transporte coletivo de Goiânia em seis meses e, 10 anos depois, a situação da mobilidade urbana na capital continua mais caótica e dramática do que nunca. Nesta semana mesmo, a insatisfação popular com o serviço de ônibus produziu novas manifestações e depredações.
Iris não cumpriu a promessa. E quem não cumpre as promessas, segundo ele mesmo, é um “mau político”. E não deve ser eleito.
Palavra de Iris.