Toda a bagunça na oposição favorece o governador Marconi Perillo na busca pelo quarto mandado. Há anos, os oposicionistas cometem o mesmo erro: ficam concentrados nos ataques ao governador e esquecem de apresentar propostas e projetos consistentes ao povo goiano.
Seguindo esta teoria, o Jornal Opção foi ouvir oposicionistas e saber deles como enxergam Marconi.
O resultado você pode ler na matéria abaixo, publicada no Opção Online:
Fenômeno político
Marconi está sobrando, admitem oposicionistas. Ele está sintonizado com a sociedade e seu tempo
O Jornal Opção ouviu cinco integrantes da oposição e dois marqueteiros e fez a todos a pergunta: por que, depois de quase 12 anos de poder — ou 16, se for considerado o período de Alcides Rodrigues —, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), continua forte política e eleitoralmente? Todos admitiram — os oposicionistas aceitaram falar apenas em off — que Marconi “está sobrando”, quer dizer, está bem acima, em termos de popularidade e influência, dos demais pré-candidatos. A seguir, publicamos um resumo das opiniões dos sete entrevistados.
Está cristalizada a tese de que Marconi criou uma forte identidade com Goiás. Na visão dos entrevistados, o tucano se tornou um símbolo do Estado. Se o Estado está se modernizando, Marconi moderniza-se junto, acompanhando todo o processo e compreendendo-o. Há uma poderosa sincronia-sintonia entre as ações do tucano-chefe e a sociedade civil. Os setores produtivos percebem que o governador está ao lado do que chamam de “progresso”, “desenvolvimento” e “crescimento”. Prevalece a tese de que, ao contrário de outros políticos, Marconi não ficou “para trás”, permanecendo contemporâneo dos demais goianos. As pessoas ouvidas frisam que é impressionante que, da área econômica à área cultural, o jovem político mantém os contatos certos, apropriados.
Do ponto de vista estritamente político, há a interpretação de que o tucano articula com rara habilidade, mantendo os aliados antigos e buscando agregar novos aliados. Note-se a questão do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), que quer ser candidato a senador pela base aliada. Marconi não o veta, mas quer que seja assimilado por sua base, para não contrariar os aliados que estão próximos e nunca romperam com ele, como o deputado federal Vilmar Rocha (PSD) e o vice-governador José Eliton (PP).
Fala-se muito que Marconi é puro marketing. Os entrevistados dizem ninguém que sobrevive tanto tempo na política, numa sociedade democrática, ancorado tão-somente em marketing. O tucano é um fenômeno real, modernizador, que o marketing não fabricou, apenas ajuda a impulsionar. Parte dos entrevistados sugere que o governador articula bem seu marketing mas estribado em fatos reais, não em ficções. Por exemplo: ao restaurar as estradas e as escolas dos municípios goianos, em várias localidades, ele exibe aquilo que foi feito. O cidadão não tem como ser enganado.
Mas qual é o chamado “pulo do gato” de Marconi, que o faz estar sempre um passo adiante de seus oposicionistas? Os entrevistados discordam de que haja um “pulo do gato”, um segredo. Sugerem que talvez, se for possível usar a expressão, se possa falar em “pulos do gato”. O fundamental, analisam, é que Marconi, ao contrário de parte dos políticos goianos, não é nostálgico e não vive no passado. Ele é um político do presente, atual, que sabe o que o velho, o homem de meia idade e o jovem estão pensando e fazendo.
Outro “pulo do gato” é que, enquanto a oposição trabalha com um agenda negativa, o tucano sempre avança com um agenda positiva, criando novas esperanças e expectativas. Marconi não fica velho — está sempre se renovando.