A carta divulgada pelo bilionário Júnior Friboi, logo após desistir da candidatura a governador pelo PMDB, pode ser tranquilamente considerada como a crítica mais severa e demolidora que jamais foi feita a Iris Rezende em toda a sua trajetória política.
Em um texto bem articulado, Friboi justifica com elegância o seu afastamento e expõe com crueza o maquiavelismo de Iris – ao lembrar as diversas “mentiras” (o bilionário não usa esse termo) que ouviu do velho cacique peemedebista.
Em poucas linhas e manuseando apenas 382 palavras, o bilionário passa o pente fino nos antecedentes que o levaram ao PMDB, assegurando que ouviu de Iris que não seria candidato e que, caso empolgasse o partido, teria também o seu apoio. “Acreditei”, diz Friboi, mas… não era verdade.
O primeiro parágrafo da carta é arrasador. Friboi lembra que “aprendi com meus pais os valores que guiam a minha vida. Os mais importantes são a verdade e a lealdade. Sempre me pautei por eles, e com sucesso. Quando decidi entrar na política, jurei a mim mesmo e à minha família que não me afastaria dos princípios em que sempre acreditei: falar a verdade e acreditar que os outros estejam fazendo o mesmo”.
Ou seja: ele acreditou no que Iris dizia, mas… Iris estava mentindo.