O ciclo de peleguismo que se encerrou no Sintego, com a vitória da oposição comandada pelo professor Delson Vieira dos Santos, é um dos episódios mais vergonhosos da história sindical do Brasil.
Sob o comando da “professora” Ieda Leal e tutelado politicamente pelo deputado estadual Mauro Rubem, do PT, o Sintego protagonizou anos de manipulação para interesses pessoais, falta de transparência na utilização dos milionários recursos do sindicato e – o pior de tudo – utilização do principal órgão de representação dos professores goianos contra… os próprios professores.
Na recente greve dos professores da Prefeitura de Goiânia, que reivindicavam melhores condições de trabalho e salários condizentes, o Sintego se posicionou abertamente a favor do patrão e contra os trabalhadores da categoria. A greve fez com que o prestígio de Ieda Leal, Mauro Rubem & Cia descesse ao nível mais baixo, na medida em que eles sabotaram o movimento dos professores municipais e procuraram facilitar as coisas para o prefeito Paulo Garcia, que é do PT.
Anualmente, o aniversário do deputado Mauro Rubem era comemorado com uma grande festa na sede do Sintego.
O peleguismo que tomou conta do Sintego, desde os tempos de Delúbio Soares, ao que tudo indica, acabou. A vitória da oposição representa um sério golpe para as pretensões políticas de Ieda Leal, candidata a deputada estadual, e de Mauro Rubem, candidato a deputado federal, ambos pelo PT. A estrutura e o poderio financeiro do Sintego não mais estará a serviço dos interesses escusos de uma minoria que sempre trabalhou contra a categoria que deveria defender.