Iris Rezende prepara-se para disputar, pela quinta vez, o Governo de Goiás.
Mas, dessa vez, há diferenças importantes em relação às eleições para governador que ele enfrentou em 1982 e 1990, vencendo, e 1998 e 2010, perdendo.
Primeiro, Iris vai disputar praticamente sozinho. Não há partidos disponíveis para a formação de alianças, pelo menos por enquanto. Isso dará ao velho cacique peemedebista um tempo diminuto para a propaganda eleitoral pela televisão – fator que, hoje, é considerado decisivo em um pleito majoritário no Brasil.
Segundo, a menos de 30 dias do início da campanha, Iris não tem nenhuma proposta de Governo. Pior, não tem nem mesmo o tradicional grupo de planejadores que sempre o acompanhou e que era liderado pelo economista Flávio Peixoto, pai do deputado federal Thiago Peixoto (Flávio afastou-se do PMDB depois que Thiago deixou o partido e foi para a base do governador Marconi Perillo). Iris é um político vazio de ideias e cheio de frases demagógicas.
Há ainda um terceiro fator – e esse é o mais grave: o PMDB que vai “bancar” a candidatura de Iris é um partido em frangalhos. Nesta quinta-feira mesmo, em declaraçõe à coluna Giro, de O Popular, o mais importante prefeito do partido, Humberto Machado, de Jataí, anuncia que não vai apoiar Iris. Também no Giro, o deputado federal Leandro Vilela e o ex Marcelo Melo também informam que estão fora da campanha. Tudo, claro, consequência da péssima administrado confronto entre Iris e o bilionário Júnior Friboi, que tem influência dentro do PMDB e sinaliza que vai atrapalhar a campanha.
É um cenário, portanto,bem diferente das campanhas anteriores de Iris ao Governo do Estado. Um cenário que só é negativo.