Um clima de mistério e conspiração está tomando conta do ambiente interno do PMDB, às vésperas da convenção que vai oficializar o candidato do partido a governador.
Para todos os efeitos, Júnior Friboi abandonou o páreo, deixando o campo livre para a consolidação da candidatura de Iris Rezende.
Mas isso só aparentemente. Os friboizistas não arredaram o pé do seu espaço e resistem a emprestar seu apoio a Iris, mantendo vivo o diagnóstico de que o PMDB é um partido que continua consumido pela divisão.
O próprio Friboi, nas suas redes sociais, vem disparando mensagens sibilinas, enviadas de segundas e até terceiras intenções. Veja essa, por exemplo, que mereceu destaque no noticiário político deste fim de semana: “Estou pronto para qualquer missão que me for dada. Agradeço também a todas as manifestações de apoio”.
“Estou pronto para qualquer missão”? O que significa isso? Para a galera friboizista, a “missão” do bilionário é clara como a luz do dia: ser o candidato do PMDB a governador.
E veja essa frase do deputado estadual Wagner Siqueira, o Vaguinho, na coluna Giro, de O Popular, neste sábado: “O PMDB está dividido e torço para que Iris Rezende unifique o partido. Se não conseguir, Júnior Friboi topa voltar”.
“Topa voltar”? Que conversa é essa? Será que há uma conspiração em curso para surpreender Iris no momento da convenção, registrar a pré-candidatura de Friboi e disputar no voto a candidatura a governador?
Pode ser que sim. Muito mais do que pode ser que não.