A pré-convenção do PT, que acontece neste momento na acanhada sede do diretório municipal do partido em Goiânia, reunindo um público que seria mais adequado a um partido nanico, evidencia que a candidatura de Antônio Gomide não decolou, não empolga nem mesmo a militância petista e carece dos fundamentos mínimos para se viabilizar como possibilidade vitoriosa em outubro próximo.
Pior: repetindo como um papagaio que a sua prioridade é eleger a presidenta Dilma Rousseff para mais um mandato, Gomide acabou causando um tremendo prejuízo para a campanha de Dilma. Ao se lançar candidato, ele afastou irrevogavelmente o PMDB goiano da base da presidenta– que caminha para liberar as bases do partido para apoiar quem quiser na eleição nacional.
Gomide, em pouco mais de dois meses de pré-campanha, também não conseguiu formular um projeto alternativo de poder para Goiás. Não se conhece, até hoje, uma única ideia do petista para o Governo do Estado. E nem mesmo a tentativa de apresentar como “novo” pegou, já que tem 54 anos de idade e aparência que sugere até mesmo um pouco mais do que isso.
Gomide também não conseguiu arrumar nenhum partido para se coligar com o PT. Não tem também nomes de peso para formar a sua chapa, como candidatos a vice e a senador. No final, deverá concorrer no estilo “puro-sangue”, ou seja, apenas com nomes petistas na chapa, o que reduzirá ainda mais a sua área de penetração e influência eleitoral, para azar da campanha de reeleição de Dilma.