A escolha do vereador-poliana Tayrone di Martino (PT) para vaga de candidato a vice-governador na chapa de Antônio Gomide diz muito sobre a futura participação do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), na campanha do partido.
No momento em que o PT escolhia o vice de Gomide, havia três nomes postos à mesa: o ex-reitor da UFG Edward Madureira, o chefe de gabinete do prefeito Paulo Garcia, Iram Saraiva Júnior, e Tayrone.
Edward foi o primeiro a pular fora. Em vez de embarcar nessa canoa furada, disse que preferiria disputar o mandato de deputado federal.
Na sequência, interlocutores de Paulo informaram, sem maiores explicações, que Iramzinho também estava fora do páreo.
O que o recuo do chefe de gabinete diz sobre o momento que vive o PT? Muito, porque reforça a certeza que Paulo Garcia não vai se comprometer com o projeto eleitoral do ex-prefeito de Anápolis.
Em que pese a promessa de fidelidade partidária feita em público, Paulo vai concentrar esforços para eleger o candidato que mexe mesmo com o seu coração: o ex-governador Iris Rezende (PMDB).
Restam duas perguntas:
1) Como o PT reagirá a este gesto acintoso de infidelidade do prefeito?
2) Iris vai aceitar o apoio de Paulo Garcia (PT), cuja aprovação à frente da prefeitura inspira dó? O velho cacique quer carne podre ao seu lado?
Vai ser uma eleição interessante.