A única “proposta” apresentada por Iris Rezende, em seu discurso na convenção estadual do PMDB, foi a de voltar a promover mutirões, com a “convocação” do povo, pelo interior afora, segundo as próprias palavras do velho cacique peemedebista, para ajudar a resolver os problemas mais prementes do Estado.
A “proposta” revela o quanto o pensamento de Iris é antiquado e obsoleto, sem nenhuma consonância com as exigências do mundo moderno.
Mutirões, na verdade, nunca passaram de uma enganação. Em entrevista, Iris já admitiu que a ideia era levar os trabalhadores da Prefeitura a atuar em fins de semana e feriados, tendo como única remuneração um prato (de papelão) cheio de comida.
Em pleno século 21, essa prática, além de superada, é injusta e possivelmente até ilegal.
Apresentada como Iris como uma iniciativa que ele trouxe da “roça” (e será que ainda existe “roça”?), os mutirões, ainda que fossem possíveis novamente, não substituem a prestação permanente de serviços públicos à população – isso, sim, o verdadeiro objetivo de qualquer Governo, em qualquer lugar.
Iris era e continua sendo um homem dos meados do século passado, em uma uma nova forma de sociedade onde o que aconteceu há meia hora já é antigo.