O repórter Carlos Freitas, do Diário da Manhã, foi assistir à apresentação do plano de Governo (?) do PMDB e, apesar da pouca idade, ficou encantado com o discurso de quase duas horas que Iris Rezende fez na ocasião – 100% dedicado a recordações da carreira política do velho cacique peemedebista.
Segundo Carlos Freitas, na matéria que publicou no DM sobre o evento, Iris, quando fala, “parece hipnotizar a plateia. O magnetismo que ele desenvolve com seu pronunciamento faz silenciar até mesmo conversas paralelas”.
O tema de Iris, segundo o repórter: seus 56 anos de vida pública, suas experiências na Prefeitura de Goiânia, em 1966, e no Governo do Estado, a partir de 1983. E, é claro, a defesa apaixonada dos mutirões como método administrativo, que Iris pretende reeditar, caso seja eleito governador na eleição de outubro próximo.
Um discurso de duas horas, inteirinho de lembranças, em que o passado é mais forte que o presente ou o futuro, não é fácil de aguentar.
É provável que o repórter do DM tenha se enganado: as pessoas que ouviam Iris talvez não estivessem “hipnotizadas” e, sim, dormindo de tédio.