Os dois discursos de Iris Rezende, nesta semana, na convenção estadual do PMDB e no evento de apresentação do plano de Governo do partido, passaram a ser a principal preocupação da assessoria do candidato, da equipe do candidato a vice, Armando Vergílio, e dos caiadistas que se aliaram aos peemedebistas.
Na convenção, Iris falou por pouco mais de meia hora. No ato de lançamento do plano de Governo, foram quase duas horas de oratória. Nas duas falas, um show de conceitos ultrapassados, falta de modernidade, apego excessivo à antiguidade política e administrativa de Goiás e, pior, o destaque para a reedição dos mutirões como a principal proposta de Iris.
Em nota na coluna Giro, de O Popular, os próprios iristas manifestaram a opinião de que Iris está cometendo o erro de se apresentar como um político do século passado, ao gastar a maior parte das suas falas, tanto discursos quanto entrevistas, com recordações de acontecimentos às vezes de 40 ou 50 anos atrás.
As cabeças mais lúcidas da coligação Iris-Armando-Caiado estão fervendo com um detalhe: aos 81 anos, Iris é político que praticamente não aceita assessoramento e vê a sai próprio como um líder messiânico enviado por Deus para guiar os goianos – totalmente esquecido da série de derrotas que foram infligidas a ele pelo PSDB e pelo governador Marconi Perillo.