O empresário Vanderlan Cardoso promete, em seu perfil no Facebook, que fará uma “gestão séria e transparente” caso venha a ser eleito governador de Goiás (o que está cada vez mais impossível, já que ele está caindo nas pesquisas e hoje soma menos de 10% das intenções de voto, conforme o último levantamento do instituto Serpes publicado em O Popular).
“Gestão séria e transparente” é o que faltou em Senador Canedo quando Vanderlan foi prefeito. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por irregularidades diversas. Em um desses processos, é réu até ao lado da mulher, Izaura Cardoso. Em outro, já foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça Estadual, em primeira instância.
Vanderlan foi sentenciado por ter doado R$ 550 mil da Prefeitura de Senador Canedo a um time de futebol do qual era presidente de honra. O Ministério Público considerou a doação “ilegal, imoral e lesiva aos cofres do município” e denunciou Vanderlan à Justiça, que, por sua vez, acatou e condenou o milionário a uma multa e à suspensão dos direitos políticos por três anos.
Faltou seriedade, portanto. E faltou transparência também. Mas o pior foi o destempero mostrado por Vanderlan quando saiu a sentença de condenação, no fim do ano passado. Ele denunciou uma “conspiração” da Justiça Estadual, envolvendo uma desembargadora e uma juíza, que estariam agindo a mando do governador Marconi Perillo para afastá-lo da disputa eleitoral, uma vez que estaria subindo nas pesquisas.
Vanderlan não apresentou provas. Nem da conspiração nem de que estivesse subindo nas pesquisas (aliás, estava e está caindo). É aí, sim, que está faltando “seriedade e transparência”.