O discurso saudosista de Iris Rezende, tendo como referencial seus Governos no passado administrativo e político de Goiás, é o mesmo que ajudou a produzir as derrotas do velho cacique peemedebista em 1998 (Governo), 2002 (Senado) e 2010 (Governo de novo).
Mas, mesmo assim, Iris não muda. Em um mundo dominado pela tecnologia, Iris segue falando em mutirões, em quantos quilômetros de pontes construiu no seu Governo de 1983 a 1986 e na falta que faz o Dergo (um órgão estadual de construção e manutenção de estradas do qual ninguém se lembra mais e que foi substituído pela Agetop).
Mas, agora em 2014, tem novidade. É que Iris e seus marqueteiros, além do discurso nostálgico, estão defendendo essa linha, digamos assim, “editorial” com unhas e dentes. Eles assumiram publicamente que, como Iris tem de fato idade avançada (81 anos) e uma longa trajetória política, seria normal que o seu discurso seja mesmo carregado de referências ao passado e aos seus dois Governos.
Pode ser. Mas o fato é que esse mesmo discurso, nas campanhas derrotadas de Iris, foi entoado por ele sem nenhum resultado, a não ser posicionar o candidato como um político atrelado às “glórias” do passado, sem visão de futuro e sem propostas. E mesmo assim o velho cacique peemedebista vai insistir.