terça-feira , 26 novembro 2024
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Jornalistas do DM dizem que advogados do PMDB agiram de forma “vil e mentirosa” ao pedir ao TRE censura do jornal

Profissionais de imprensa do Diário da Manhã publicam, nesta quinta-feira, manifesto contra a tentativa da coligação liderada por Iris Rezende de censurar o jornal.

Advogados do PMDB entraram com ação no Tribunal Regional Eleitoral pedindo intervenção na linha editorial do Diário da Manhã – o que equivale a censura. O Tribunal ainda não julgou a ação.

Segundo os jornalistas do DM, no manifesto, os advogados peemedebistas agiram de forma “vil e mentirosa”, ao escrever na petição que o jornal privilegia a cobertura do governador Marconi Perillo em detrimento do candidato Iris Rezende. Junto com o manifesto, foram publicadas reproduções de dezenas de capas do DM, com menções a Iris em manchetes de destaque.

Veja o manifesto dos jornalistas do DM:

Repudiamos a censura e desagravamos o DM

O jornal Diário da Manhã é mais uma vez alvo de uma injusta acusação de beneficiar um candidato a cargo eletivo em detrimento de outros postulantes ao mesmo cargo que não ocupam seu espaço. A coligação Amor Por Goiás, que tem à frente o candidato a governador Iris Rezende (PMDB), se insurgiu contra o DM buscando o sublime manto da Justiça para uma situação em que a falta reside justamente na incapacidade da assessoria do candidato e da coligação em produzir material decente para veiculação.

Nós, integrantes da Editoria de Política e Justiça, repudiamos veementemente essa tentativa rastejante de interferência descabida na forma de apresentação das matérias essencialmente jornalísticas e acusações que beiram a mais deslavada calúnia com respeito a um trabalho abnegado, sofrido e absolutamente imparcial que desempenhamos dia após dia nesse veículo de comunicação.

As razões para esse repúdio à postura do PMDB e de sua coligação que inflou seus causídicos e buscou o manto da Justiça de forma vil e mentirosa serão apresentadas agora e ao longo da campanha eleitoral. Que não se iludam: com ou sem a palavra da Justiça vamos demonstrar de forma fática e irrefutável o quanto são mentirosas as afirmações dos advogados que elaboraram e endossam a petição.

Vamos aos fatos. Curiosamente no dia em que foi informada a tramitação dessa malfadada ação na Justiça Eleitoral que visa fazer censura a um órgão de imprensa, o candidato do PMDB, Iris Rezende, foi estampado em uma página inteira com uma entrevista em que ele expôs suas posições políticas, suas propostas e seus desejos ao liderar uma coligação que visa o governo de Goiás. Iris Rezende foi recebido na Redação do Diário da Manhã com toda deferência e respeito que dispensamos a candidatos e qualquer visitante, porque aqui se pratica a urbanidade e cortesia.

Os repórteres Hélmiton Prateado e Danyla Martins e o editor Carlos Freitas conduziram a entrevista com o candidato, que teve total liberdade para expor suas ideias e fazer seu proselitismo. Em nenhum momento foi interpelado de forma grosseira ou descortês, ao contrário, deixou a Redação agradecendo o tratamento gentil, cavalheiresco e profissional que lhe foi dispensado. Junto com ele estavam o candidato ao Senado Ronaldo Caiado e o presidente do Diretório Estadual do PMDB, Samuel Belchior. Todos foram tratados com o mesmo respeito e cordialidade, características imperativas no Diário da Manhã.

O Diário da Manhã é a tribuna livre da democracia e do respeito ao sublime direito de todos os cidadãos de se expressarem. Nas páginas do DM a liberdade é materializada na divulgação de matérias e opiniões, inclusive com um caderno próprio, o OpiniãoPública, em que tudo é permitido expressar, desde que não sejam feitos ataques pessoais. Esta é uma ordem do editor-geral, jornalista Batista Custódio, que é seguida à risca.

Outra inverdade que foi sobejamente explorada pelos advogados na malsinada representação é quanto ao espaço destinado a candidatos que não os da coligação liderada pelo PMDB, com destaque para o governador Marconi Perillo. O que existe de fato é que a coligação Amor Por Goiás não produz materiais informativos e não consegue municiar os veículos de imprensa com fatos e propostas. Não se sabe se faltam fatos ou propostas para serem noticiados e por isto à rasteira nos acusam de favorecer o candidato cuja assessoria produz notícias fartas diariamente. Contratos milionários de marketing não ganham eleições. Quem muda opiniões são editoriais e fatos narrados de forma explícita e que induz o leitor a refletir e fazer sua escolha.

Que fique claro ao distinto leitor e aos eleitores de Goiás. Nós, do Diário da Manhã, não admitimos neutralidade em qualquer hipótese, mesmo porque isto apenas beneficiaria um lado. Todavia, praticamos à exaustão a imparcialidade e não temos predileção por qualquer candidatura, em respeito ao sublime princípio da informação segura e comprometida com a verdade e com a Justiça. Chegará o momento em que nos será exigida uma tomada de posição quanto aos candidatos que escolheremos, mas isto será feito dentro dos princípios éticos e profissionais que sempre nos pautamos.

A urbanidade que praticamos em nossas reportagens e a cordialidade que dedicamos a todos os envolvidos no processo eleitoral não deverão ser maculadas por uma inconsequente ação judicial autorizada por quem deveria praticar o mais elementar princípio da política: o diálogo.

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