O candidato a governador Iris Rezende e a sua turma politizaram o debate em torno da Segurança Pública para jogar pedras no governador Marconi Perillo (PSDB) e desgastar a sua imagem.
Mas se o eleitor fizer uma análise fria do legado do PMDB para Segurança, vai constatar que o séquito de Iris não tem moral alguma para levantar esta discussão.
O legado do PMDB na área é um fiasco. A começar pela rebelião no Cepaigo, que alçou ao estrelato o sequestrador Leonardo Pareja e transformou em reféns de bandidos uma boa quantidade de políticos, juízes, coronéis e desembargadores.
Além disso, quem trabalhou na Polícia Militar relata que Iris e Maguito cortaram os investimentos na corporação, e por conta disso as viaturas ficaram velhas, sucateadas, e não havia sequer combustível para colocar os veículos nas ruas.
Quem lembra desse tempo de vacas magras com riqueza de detalhes é o coronel Silvio Benedito, hoje comandante-geral da PM. “nós, policiais, trabalhávamos em viaturas sucateadas, veículos Fiat 147 que não tinham nem sequer combustível. Era sempre uma humilhação ter que chegar aos comerciantes e prefeitos do interior pedindo auxílio para abastecer e empurrar os veículos estragados”.
Silvio diz também que “antes de 1999, armamento era revólver 38, de segunda mão e que foram emprestados pela polícia do Rio de Janeiro. E tínhamos apenas cinco munições por policial, pois essa era a cota. Os salários eram ridículos, ganhávamos 572 reais, em valores atualizados, mas a verdade é que o vencimento era de 130 reais, um salário mínimo”.