São risíveis os argumentos do empresário Vanderlan Cardoso para contestar as pesquisas, nas quais, aliás, não se saiu bem nem uma única vez neste ano. Para concordar com o que Vanderlan diz, só se o eleitor for desinformado, burro e não raciocinar.
Todos os institutos – veja bem, leitor, TODOS – apontam Vanderlan em queda livre, a ponto da última pesquisa publicada, a do Veritá, apresentar o milionário de Senador Canedo com pífios 5,7% das intenções de votos.
Mas, segundo Vanderlan, esses institutos estariam trabalhando para candidatos e produzem as pesquisas conforme os interesses de que os está pagando. É uma acusação grave e desrespeitosas ao Ibope, Serpes, Grupom, Fortiori e Veritá, institutos tradicionais que sabidamente não vendem pesquisas e por isso têm os seus levantamentos publicados pelos principais jornais do Estado.
Ou um jornal como O Popular, por exemplo, publicaria pesquisas compradas por candidatos?
Vanderlan prossegue e afirma que cada um deve fazer a sua própria pesquisa. Essa é uma “sugestão” pra lá de ridícula. Pesquisas exigem metodologia científica. Como é que uma pessoa qualquer vai sair por aí e fazer uma “pesquisa”? De que jeito? Com que metodologia? Perguntando aos amigos? Es amostragens, que somam entrevistas em dezenas de municípios, para aproximar o resultado da tendência global do eleitorado do Estado?
Por último, Vanderlan argumenta que tem pesquisas, nas quais aparece com 15 a 19%. Mas ele, naturalmente, não mostra. E, se não mostra, é porque não tem. Qualquer pesquisa séria – e não dessas encomendadas por Vanderlan, se é que encomendou – vai chegar aos mesmos resultados que o Grupom, Serpes, Ibope, Veritá e Fortiori estão registrando. Esses 5 institutos têm confluído praticamente nos mesmos resultados, já que as suas metodologias são parecidas e traduzem o que há de melhor na estatísticas e na ciência política para a realização de levantamentos eleitorais. E todos, aliás, repetindo, trazem Vanderlan em queda livre.
Bem, se o eleitor for burro, desinformado e tiver pouca capacidade de raciocínio, aí, sim, ele poderá acreditar na prosopopeia de Vanderlan.
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