A última jogada do presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin, para evitar a divulgação de informações sobre os atos e fatos do Poder – a criação de um “grupo de trabalho” para regulamentar a Lei de Acesso à Informação na Casa – virou piada nas redes sociais.
Entre os membros do tal grupo está um dos beneficiados com a criação em segredo de supersalários, o secretário de Controle Interno Waldir Gomes.
Outro membro é a procuradora chefe Regiani Meira, justamente aquela que assinou parecer afirmando que a Assembleia não poderia divulgar a tabela de cargos e salários porque estaria proibida por uma liminar da Justiça.
Em entrevista a O Popular, o próprio juiz que deu a liminar, Ari Ferreira Queiroz, desmentiu a procuradora e disse que proibiu apenas a divulgação nominal da lista de funcionários e seus respectivos salários. O magistrado estranhou a postura da Assembleia e disse que “eles ampliaram os efeitos da liminar por conta própria” e, mais ainda, que “divulgar a tabela de cargos e salários é um dever de todo órgão público”.
No Twitter, vejam a ironia com que a repórter política de O Popular, Fabiana Pulcineli, que escreveu a matéria-denúncia do escândalo da criação em segredo de supersalários na Assembleia, tratou a notícia da criação do grupo de trabalho:
@fpulcineli
Assembleia cria grupo de trabalho para implantar a LAI. A procuradora-geral que vetou a divulgação da tabela de cargos faz parte. Vai vendo.