Dois consultores de marketing estão analisando a campanha eleitoral, em especial os programas do horário gratuito eleitoral na televisão, para o blog Goiás 24 Horas.
Por ora, vamos denominá-los de Especialista 1, que costuma trabalhar com base em estudos qualitativos, e Especialista 2, que prefere se basear na sua longa experiência com o marketing político em Goiás.
Primeiro tema: a candidatura de Antônio Gomide, que não decolou e está em queda nas pesquisas, perdendo as poucas intenções de voto que ainda tem.
Segundo o Especialista 1, o fundamento de campanha de Gomide – a boa administração que teria realizado em Anápolis – seria positivo se ele estivesse disputando uma eleição para aquela Prefeitura, mas não para governar Goiás.
“O eleitor tem percepção de que um Estado é uma realidade muito maior e mais complexa que uma cidade, mesmo uma grande como Anápolis”, disse o consultor. “A insistência em falar de Anápolis está cansando e hoje funciona contra o candidato”.
Mas ele considera que o grande erro de Gomide foi abrir os seus primeiros programas na TV com ataques ao Governo do Estado. “Nem adianta mudar mais. O candidato do PT já ficou marcado como alguém que não tem propostas e que precisa destruir o adversário para se viabilizar. Esse comportamento é rejeitado pelo eleitor”, acrescentou. “Nos programas políticos, é regra não fazer a abertura com ataques, quando se julga que serão necessários, mas deixar para o final, para não contaminar a narrativa”.
E mais do Especialista 1 sobre Gomide: “Em comunicação, vale o que o destinatário mensagem entende e não o que o emissor diz. Gomide primeiro informou exaustivamente o eleitor que ficou pouco mais de 5 anos governando Anápolis e apresentou algumas realizações. Sabe o que as pessoas disseram? Que, se Se precisou de 5 anos para fazer em Anápolis, não conseguirá fazer o mesmo no Governo, devido ao tamanho do Estado de Goiás. A cabeça do povo é assim”, garante.
O nosso consultor de marketing aposta que Gomide, que já está encostando a barriga no chão, segundo as últimas pesquisas, vai cair ainda mais. “O petista não é um nome estadualizado. É preciso tempo para que as pessoas acreditem que ele fez realmente o que mostra na TV. E há notícias de que a periferia de Anápolis não é bem atendida, há problemas. Hoje, ele, Gomide, é muito mais identificado por ser do partido de Dilma e do prefeito Paulo Garcia, ambos com gestões que estão desagradando, do que por ele mesmo. É uma candidatura natimorta”, finaliza.
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