Na coluna Memoradum, em O Popular, o veterano jornalista Hélio Rocha dá neste sábado a receita para a Assembleia superar a má fase e se livrar dos escândalos e denúncias: que os deputados estaduais trabalhem – e trabalhem mais.
Quanto aos supersalários, Hélio desmonta a tese, defendida por parlamentares como Daniel Vilela (PMDB), de que o Poder Legislativo precisa pagar mais para atrair bons profissionais, a exemplo da iniciativa privada.
Ele lembra que, sim, é verdade que a iniciativa privada paga bons salários, mas o critério de seleção dos profissionais é o mérito e não o apadrinhamento.
Veja nota de Hélio Rocha na íntegra:
Vamos trabalhar, senhores deputados
Depois deste episódio dos supersalários e do início nada produtivo deste ano parlamentar, a Assembleia Legislativa de Goiás deveria pelo menos assumir o compromisso de maior dedicação ao trabalho, no sentido de que 2013 renda mais para o interesse público.
Leve-se em conta que este é um ano sem campanha eleitoral, cuja movimentação sempre prejudica os trabalhos parlamentares no Brasil. Uma agenda mais produtiva não constitui sacrifício algum, pois consome, a rigor, apenas três dias da semana.
Quanto aos supersalários, vale mencionar que, na iniciativa privada, executivos que ganham salários elevados são pagos pelo mérito do rendimento. Eles proporcionam muito às empresas para as quais trabalham e desfrutam férias de apenas um mês. Não é o caso de servidores privilegiados do Legislativo, cujas férias são de quase quatro meses por ano.