As 4 principais teses apresentadas pela oposição para tentar derrubar o governador Marconi Perillo, nesta eleição, foram equivocadas e não conseguiram nem minimamente abalar a liderança do tucano – que, ao contrário, aumentou as suas intenções de voto durante a campanha, enquanto Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide ou caíram ou permaneceram estagnados, conforme a pesquisa.
A mãe de todos os erros cometidos pelos oposicionista foi a estratégia agressiva, com prioridade para os ataques e pouco foco em propostas realmente inovadoras e interessantes para o eleitor. Na verdade, o embate dos adversários de Marconi não foi contra o tucano, mas contra o eleitor.
No detalhe, Iris, Vanderlan e Gomide se concentraram em 4 temas, mas nenhum capaz de sensibilizar o eleitor. Com base nos estudos qualitativos que acompanharam a evolução da campanha, principalmente a reação aos programas do horário gratuito eleitoral, fica fácil entender por que os ataques não surtiram efeito. Veja, leitor:
1 – Segurança – Iris, Vanderlan e Gomide erraram ao atribuir ao Governo do Estado a responsabilidade exclusiva pelas dificuldades no combate ao crime e na garantia de segurança aos cidadãos. Na cabeça do eleitor, a causa número um da insegurança pública é a legislação penal frouxa. A segunda causa é a “maldade humana”. A oposição exagerou ao culpar apenas o Governo do Estado e perdeu a credibilidade.
2 – Celg – O discurso oposicionista sobre a empresa goiana de energia atacou a suposta “perda” da empresa. Mas, ao contrário, o eleitor nunca se imaginou dono da Celg e não se sentiu prejudicado com o acordo com o Governo Federal. Nos estudos qualitativos, o governador Marconi Perillo foi majoritariamente elogiado por ter solucionado e destravado a situação da Celg, fruto do seu bom relacionamento com a presidente Dilma Roussef. Para a oposição, o assunto Celg não rendeu nada.
3 – Propaganda – Esse tema foi uma roubada para a oposição. Aqui o eleitor tem 2 linhas de raciocínio: a) a propaganda governamental é boa porque informa sobre as realizações do Governo, “senão como o povo vai saber”; e b) todo governante – seja Marconi, Iris, Vanderlan ou Gomide – faz propaganda, logo a crítica é vista como hipócrita e mera tentativa de desgastar o adversário.
4 – Estado devastado – A acusação, principalmente de Iris e Vanderlan, de que Goiás virou “um caos”, “uma anarquia” ou “está no fundo de um precipício” chocou-se com a percepção cotidiana do eleitor sobre o mundo que o rodeia. Como qualquer um enxerga fatos positivos e negativos na situação do Estado, esse discurso acabou insultando a inteligência das pessoas e contribuiu fortemente para tirar a credibilidade das críticas da oposição, devido ao exagero. Além do mais, o eleitor não sente bem ao ser acusado de morar em uma “terra arrasada”. A bomba se voltou contra quem a lançou, ou seja, a oposição.
Nada deu certo para Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide.
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