Duas candidaturas a governador – Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide – vão terminar a campanha com um tremendo saldo negativo e com a imagem comprometida pelo fato de que não conseguiram um voto a mais do que tinham no início do período eleitor, aliás até menos. Fiasco acachapante, ambos.
Vanderlan foi arrogante e Gomide pretensioso: os dois se propuseram a reinventar a política, algo que não muda da noite para o dia e tem seus trilhos próprios, fora dos quais não há salvação.
Como é que alguém pode ter a pretensão de virar governador de Estado, um dos cargos mais importantes da República, sem apoio, sem partidos políticos, sem estrutura, sem projetos e sobretudo sem nenhuma representatividade social, ou seja: só como fruto de um desejo pessoal?
Vanderlan e Gomide foram prefeitos de cidades que, diante do tamanho e da complexidade do Estado, são relativamente pequenas e não credenciam ninguém a comandar o Governo. Arrogantemente, um, e presunçosamente, outro, resolveram se lançar candidatos sem nenhuma base sólida, confiantes em um milagre ou então na possibilidade de faturar com uma eventual extrema desinformação e até mesmo falta de inteligência do eleitor goiano.
A política se faz por caminhos sólidos, a começar pelo estabelecimento da liderança com laços reais com a sociedade. Depois, com ampla articulação dentro da classe política. Por último, com estrutura e mecanismos eficientes para levar uma mensagem ao eleitorado.
Vanderlan e Gomide não têm nada disso. São candidatos solitários e isolados, com chapas sem nomes expressivos sem ter o que dizer para motivar o voto em qualquer um deles.E o pior: nem mesmo uma proposta, umazinha sequer, capaz de diferenciar as suas candidaturas.
Como escreveu o comentarista Afonso Lopes, o mais consagrado de Goiás, nunca, em tempo algum, se viu dar certo uma candidatura sem estrutura e sem os requisitos mínimos de entrelaçamento com a sociedade. Seria loucura, não fosse produto da arrogância e da presunção.
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