Como papel e, agora, a internet, aceitam tudo, o professor e consultor político Marcos Marinho, que escreve no site oposicionista Diário de Goiás, veio com esta: o candidato do PMDB ao governo em 2014 pode ser ela e não ele.
Isso mesmo. Marinho afirma que Iris Rezende pode estar preparando a aposentadoria e, neste caso, lançaria a deputada Iris Araújo como sucessora.
Veja a análise:
Iris Rezende: ele ou ela?
Se existe um ponto pacífico entre os opositores ao governo Marconi Perillo é de que o nome Iris Rezende será definitivo para o alcance de suas pretensões em 2014. Encabeçando chapa ou não, todos reconhecem o peso desta marca para agregação de partidos e reunião de condições para disputa.
Porém um fato passou a inquietar-me de uns tempos pra cá. Passei a perceber uma movimentação nas fileiras Iristas, que até então não havia cogitado: Ele pode ser Ela.
Partindo de conjecturas pessoais e análises da plêiade opositora, pouco combativa, presente em nosso estado, me ocorreu este questionamento: poderia em 2014 o grande general PMDBista Iris Rezende lançar mão de um expediente diferente do que se espera, e projetar a senhora Iris de Araújo à disputa pelo Palácio das Esmeraldas?
É fato que ela não é despreparada para esta empreitada. Com um histórico de vitórias nas urnas e muito envolvimento com a política goiana e nacional, Dona Iris pode ser uma cartada adequada para surpreender a todos no próximo embate Iris vs. Marconi. Se depender de suas últimas exposições midiáticas, esta teoria pode tornar-se real.
Empunhando a bandeira da oposição atuante e destemida, Dona Iris tem puxado orelhas e exortado o levante dos acomodados opositores ao governo. Declarando publicamente que fará a caravana da oposição, mesmo que sozinha, a deputada tem se mostrado firme e disposta a enfrentar o arquirrival de seu marido, em praça pública.
Pelo viés do marketing, vejo nesta estratégia um bom potencial. Teremos em 2014 uma mulher com alto índice de aprovação buscando sua reeleição, Dilma. Este fato pode ser bem utilizado para quebrar paradigmas e resistências dos eleitores goianos mais tradicionais, trazendo na esteira da presidente, a candidata goiana. Teríamos a primeira mulher governadora do estado, ladeada pela primeira presidente mulher do Brasil (duas vezes aprovada pelo povo). Digo isso embasado nas tendências registradas nas últimas pesquisas divulgadas.
Ressalto as variáveis envolvidas nesta proposição: a reconhecida marca Iris Rezende, a possibilidade da primeira mulher no comando do estado, o momento propício e a assumida expectativa do povo por novidade. Adiciono ainda a forte movimentação de Dona Iris, o recuo de seu esposo, e também a possível adesão de JR Friboi que, em minha opinião, pode negociar muito bem sua invasão às terras pouco produtivas do PMDB. Teríamos a junção de muito dinheiro com bom capital político, fatores essenciais para uma boa campanha.
É claro que não posso descartar a possibilidade de Dona Iris estar apenas cozinhando todo mundo, e preparando a ceia para seu general Iris Resende. Mas, de qualquer forma, é interessante observar que mesmo com muitos soldados jovens entrincheirados, a força do exército oposicionista ainda se concentra nas habilidades e estratégias das velhas raposas goianas (em sentido nada pejorativo!).
Marcos Marinho
Professor e Consultor Político
Twitter: @mmarinhomkt