O domingo que vem promete ser o mais amargo dos últimos tempos para a oposição em Goiás: até as 20 horas, a cantiga que emergirá das urnas eletrônicas será doce para o governador Marconi Perillo e áspera para os ouvidos de Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide.
Mas convenhamos: diante de tudo o que os candidatos oposicionistas fizeram de equivocado, a derrota será mais do merecida, será… justa.
Iris atropelou a vontade do PMDB, que queria a candidatura do bilionário Júnior Friboi. Com mais de 80 anos, tinha o perfil ideal para o Senado, mas inviável para um cargo com as exigências físicas e intelectuais como o de governador do Estado. Para piorar, não montou uma estrutura de campanha e nem chapas consistentes de candidatos a deputado estadual e federal. Nos programas de televisão, assumiu o risco de partir para a pancadaria contra Marconi e se deu mal, colhendo a reação negativa do eleitor (caiu nas pesquisas e subiu para o 1º lugar nos índices de rejeição). E isso sem falar no discurso antiquado.
Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide, pretensiosamente, se lançaram na disputa acreditando que poderiam rivalizar com Marconi. Nenhum dos dois tinha apoio político, partidário ou social. Montaram campanhas mínimas, sem ter agendas consistentes para cumprir e sem propostas marcantes. Vanderlan se submeteu ao vexame de sair pelas ruas, montado num caminhão, com um microfone na mão, discursando para as calçadas espantadas. Gomide foi para os municípios distribuir santinhos de mão em mão. Isso jamais poderia dar certo porque representa uma subversão da lógica da política – e,em política, não há espaço para invencionice.
Em comum, os três abriram fogo cerrado contra Marconi, fazendo uma campanha de difamação que jamais se viu antes em Goiás. Não funcionou e, mais grave, os estilhaços se voltaram contra eles mesmos: não subiram nas pesquisas.
A derrota da oposição, no próximo domingo, é conseqüente com a campanha insana que foi feita. Marconi vai se transformar no primeiro político brasileiro a conquistar quatro mandatos de governador. Como disse o comentarista Afonso Lopes, só resta saber se será no 1º ou no 2º turno.
Provavelmente, no 1º.
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