O final da campanha não deixa um rastro de derrotados só entre os políticos. Há muito mais gente e fatores envolvidos em uma eleição e a imprensa, com o trabalho dos seus profissionais, é um caso que merece atenção especial.
Com uma cobertura fraca, desinteressante e sem furos, o jornal O Popular é um dos grandes derrotados no balanço final da presente período eleitoral: o acompanhamento da campanha foi sem graça, sem novidades e sem inteligência. O jornal cometeu erros seguidos, anunciou em manchete que “Vanderlan avança” e promoveu um debate para ouvir ideias dos candidatos em que os seus jornalistas não fizeram uma única pergunta sobre propostas e, por fim, dedicou muito mais espaço, diariamente, ao noticiário sobre a campanha presidencial, em detrimento da disputa estadual.
Faltaram a O Popular, também, comentaristas lúcidos capazes de analisar em profundidade o processo eleitoral, salvando-se o professor Pedro Célio Alves Borges e a editora-chefe Cileide Alves, infelizmente com raras manifestações sobre a disputa estadual e preferencialmente escrevendo sobre a política nacional. .
Pior foi a tentativa de fazer humor com uma coluna apócrifa, sob o pseudônimo de Joklécio, com tiradas de quinta categoria sobre a eleição e os seus personagens, caso único na imprensa brasileira. Um fiasco. .
Ao contrário de O Popular, o jornalismo da TV Anhanguera se agigantou. Foi lá, por exemplo, que aconteceram as melhores e mais críticas sabatinas com os candidatos a governador, principalmente no Jornal Anhanguera 1ª Edição, com um show de objetividade e mesmo sagacidade dos apresentadores Marcelo Rosa e Lilian Lynch – que não ficaram nada a dever às estrelas Willian Bonner e Patrícia Poeta nas suas entrevistas com os presidenciáveis.
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