Dois candidatos a governador chegam ao dia da eleição reclamando, xingando e agredindo: Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide.
Ambos cometeram erros graves, tanto no discurso quanto na estratégia. Um, em razão da arrogância inerente à sua personalidade: Vanderlan. Outro, como conseqüência da presunção em doses cavalares com que se comportou desde o início da campanha: Gomide.
Vanderlan e Gomide não perceberam que disputavam o segundo lugar, não o primeiro. Pouparam Iris Rezende e partiram para o ataque contra o governador Marconi Perillo. Foi um erro de estratégia que não rendeu nada para ninguém: Iris não cresceu, ao contrário, caiu do início da campanha para cá. Vanderlan permaneceu abaixo do teto de 16,6% de votos que obteve em 2010. E Gomide protagonizou o maior vexame eleitoral desta eleição, em todo o Brasil, sem crescer um milésimo de ponto nas pesquisas e transformando-se em político nanico.
A arrogância de Vanderlan expressou-se no seu queixo erguido e no discurso. Do começo ao fim da campanha, desdenhou das pesquisas e garantiu que estaria no 2º turno, se houvesse. Mas nunca mostrou uma prova de erro nas pesquisas. Nunca mostrou uma pesquisa qualquer, mesmo fajuta, em que estivesse melhor que os índices raquíticos que obteve no Ibope, Grupom, Serpes, Fortiori e Veritá.
Gomide, o presunçoso, passou a campanha afirmando que Goiás “precisava” de um governador como ele. Enrolou-se com as baixarias internas do próprio PT, que não deu apoio integral a ele, e acabou a campanha denunciando uma conspiração que evitar que ele fosse a um hipotético 2º turno, “por ser o candidato mais temido”. Que piada…. Na verdade, Gomide terminará este domingo com o título de maior fiasco desta eleição, em todo o Brasil, já que é candidato por um partido grande, mas terá votação pífia.