Segundo o Jornal Opção, neste domingo, o fracasso retumbante das campanhas de Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide teve origem em dois equívocos graves que eles, igualmente, cometeram: “A fragilidade eleitoral de Vanderlan e Gomide tem a ver com 1) o fato de esquecerem que Iris Rezende também era adversário e também 2) por abrir pouco espaço para uma agenda ampla e agressivamente positiva”.
O semanário prossegue na sua análise dizendo que “Vanderlan e Gomide decidiram, desde o início, que o alvo era o governador Marconi, que está no poder, e por isso partiram para o ataque direto. De fato, Gomide e Vanderlan não tinham como deixar de fazer crítica a Marconi, mas não perceberam, assim que Iris cristalizou-se em segundo lugar, que tinham dois adversários, o tucano e o peemedebista, e não apenas um, o tucano. O combate deveria ser mais intenso contra Iris, que estava em segundo, portanto era a primeira barreira a ser ultrapassada, e não contra Marconi, que estava distante, praticamente garantido no segundo turno, e com a possibilidade de ser eleito no primeiro turno”.
Os dois candidatos, portanto, cometeram um erro crasso, afirma o Jornal Opção, ao preservar Iris, que ficou no meio do caminho bloqueando uma possível escalada de qualquer um deles.
O segundo erro foi discurso equivocado de Vanderlan e Gomide. “O petista e o socialista também se esqueceram de uma coisa que é fundamental. Candidatos, governistas ou oposicionistas, precisam ter uma agenda positiva para o eleitorado. Porque a agenda puramente negativa não agrada os eleitores. Porém, seguindo Iris, tanto Gomide quanto Vanderlan descuidaram-se da agenda positiva, concentrando-se no ataque direto a Marconi, o que, longe de prejudicar, ajudou o tucano, chamando a atenção para o que de fato fez”, conclui o Jornal Opção.