Por que fracassou a caravana chefiada pela deputada federal dona Iris Araújo, que se propôs a visitar cidades do interior para levar “a mensagem da oposição”?
Não é difícil responder.
Dona Iris não é uma liderança orgânica da política.
Ela é deputada federal, em segundo mandato, artificialmente eleita pela força que o marido Iris Rezende tem – e, de resto, porque a máquina da Prefeitura de Goiânia foi mobilizada em suas duas eleições para garantir os votos necessários.
Para conseguir vencer essas duas eleições, o casal Iris passou por cima dos demais candidatos a deputado federal do PMDB, tomando colégios, cooptando cabos eleitorais e sugando todas as fontes de financiamento em benefício próprio.
Isso criou arestas para tudo quanto é lado.
E até com os deputados estaduais do PMDB, muitos dos quais foram obrigados a dobrar com d. Iris, quando poderiam ter negociado condições mais vantajosas com outros candidatos a deputado federal.
Além disso, como parlamentar, ela trabalha sozinha.
Não conversa com ninguém, não ajuda, não dá apoio a nada que não seja iniciativa dela.
Há ressentimentos demais na trajetória de d. Iris.
A caravana da oposição, que todos no PMDB desconfiam ou têm certeza de se tratar de um palco para a promoção pessoal dela, jamais vai colar sob o comando da deputada.
Será sempre o bloco do eu sozinho. Ou sozinha.