Em entrevista nesta segunda-feira ao Jornal Anhanguera 1º Edição, Iris Rezende foi apertado pelo entrevistado Honório Jacometto sobre a procedência do seu patrimônio milionário.
Iris explicou que tem, sim, várias fazendas. Sobre a origem de algumas, falou parcialmente a verdade. Sobre outras, mentiu descaradamente.
No caso da fazenda de Guapó, o velho cacique peemedebista disse que a recebeu de herança do seu pai. Pode ser. Mas ele também adquiriu várias glebas, que se juntaram à propriedade original, depois que já estava militando na política. No caso da fazenda de Britânia, ela foi comprada, de fato, quando Iris exercia a advocacia (após ter sido prefeito de Goiânia pela primeira vez), mas também teve várias partes adquiridas posteriormente, inclusive quando estava no Governo do Estado, no período 1991/1994.
Mas a grande mentira de Iris foi afirmar que a sua principal propriedade, a Fazenda Canarana, em Mato Grosso, com quase 3 mil alqueires e avaliada em pelo menos R$ 200 milhões de reais, “foi adquirida há 34 anos atrás” – o que nos leva ao ano de 1980, quando o velho cacique peemedebista ainda não tinha assumido o Governo do Estado.
Só que não é verdade. A declaração de bens registrada por obrigação legal por Iris no Tribunal Regional Eleitoral informa – veja bem, leitor: é o próprio Iris quem declara – que a Fazenda Canarana foi adquirida pelo peemedebista em 3 etapas, uma em dezembro de 1982, quando ele já estava eleito governador de Goiás, e outra em 1991, quando Iris também era governador em pleno exercício do cargo. Uma terceira gleba foi acrescentada em 2004.
A história contada por Iris sobre o seu patrimônio milionário é cheia de furos.
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