Finalmente: depois de publicar mais de 30 artigos em O Popular desde janeiro prevendo dificuldades para o governador Marconi Perillo e em alguns até afirmando que a sua suposta taxa de rejeição e o “caso Cachoeira” deveriam levá-lo à derrota, a repórter política Fabiana Pulcineli finalmente admitiu, nesta segunda, nas páginas nobres do maior jornal de Goiás, que “Marconi caminha para a vitória”.
No artigo a jornalista dá aulas sobre como os políticos devem se comportar no poder, analisa a eleição nacional, vai para ali, vai para acolá e finalmente, provavelmente depois de suspirar fundo, escreve 25 rápidas palavras: “Marconi caminha para a vitória, como indicam as pesquisas, porque os eleitores vêem nele maior capacidade de garantir melhorias ao Estado do que seu adversário”.
E pronto. E só. Nos seus artigos em O Popular, neste ano, Fabiana Pulcineli nunca reconheceu que Marconi liderava as pesquisas e e sempre martelou nos pontos negativos que enxergava no candidato tucano. A última previsão da repórter, pouco antes da votação do 1º turno, era que o governador enfrentaria dificuldades extremas na campanha do 2º turno, já que teria pela frente a oposição unida. Errou.
Ela chegou a defender a campanha de pancadaria contra Marconi, argumentando que denúncias sem prova servem para levantar o debate sobre temas importantes para a sociedade. Também apostou que o eleitorado demandaria um candidato novo. Garantiu aos seu público (a fanática turma do contra das redes sociais) que a aprovação do Governo, abaixo de 50%, seria insuficiente para sustentar a reeleição. E lamentou que Iris Rezende tenha usado, segundo ela, da forma errada o “caso Cachoeira”. Reclamou duramente de Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide por ignorar o assunto, sugerindo maldosamente que os dois poderiam ter rabo preso com o empresário.
Fez o que pôde. E não adiantou nada. No debate desta segunda na rádio CBN e no jornal O Popular, ainda tentou atirar pedras, com uma pergunta a Marconi reproduzindo os argumentos do programa de Iris que tentaram desqualificar o trabalho da polícia na identificação e prisão do serial killer. Mas agora é tarde.
“Marconi caminha para a vitória”, escreveu, no seu último artigo antes da eleição. Se não o fizesse, seria a única jornalista política do Estado a não admitir a superioridade de Marconi.
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