O deputado federal eleito Daniel Vilela comanda, no momento, uma cruzada – baseada em entrevistas à imprensa – em defesa da renovação do PMDB.
Segundo Daniel, o partido “errou” ao lançar a candidatura de Iris Rezende ao Governo do Estado e não pode repetir esse erro na disputa pela Prefeitura de Goiânia, que vem aí (em 2016).
A tese da “renovação” do PMDB beneficia, em primeiro lugar, o próprio Daniel. Mas, para mostrar desapego, ele diz que não quer ser candidato a nada e que tem compromissos a cumprir como deputado federal. E sugere, como nomes “novos”, para a eleição em Goiânia, o deputado estadual em fim de mandato Samuel Belchior (também presidente do PMDB), o deputado estadual reeleito Bruno Peixoto e o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano.
O problema é que, apesar de “novos” em termos de idade, principalmente se comparados com Iris, do qual poderiam ser trinetos, Samuel, Bruno e Agenor são políticos precocemente envelhecidos.
Apagados, os três nunca se distinguiram por defender uma ideia, um projeto, qualquer coisa, enfim, de real importância para a sociedade. Um deles, Samuel Belchior, foi indiciado pela Polícia Federal como membro de uma quadrilha que fraudava fundos municipais de pensão. Bruno Peixoto e Agenor Mariano são cordatos, conciliadores, sem jamais terem assumido posições que pudessem chamar a atenção seja pela inteligência seja pela coragem. Nada. Pouca idade, sim, mas cabeça de gente de antigamente.
O próprio Daniel Vilela, que lançou a proposta de renovação do PMDB, já começa a apresentar rugas prematuras. Sua passagem pela Câmara Municipal e pela Assembleia foi obscurecida pela baixa produtividade – apesar dos quase R$ 700 mil reais em recursos públicos que gastou, por conta da verba indenizatória da Assembleia, com pesquisas socioeconômicas, estudos técnicos e consultorias que ninguém viu, ninguém sabe o que são. Foram mandatos, de vereador e de deputado estadual, sem nenhum legado.
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