Duas empreiteiras altamente enroladas com a Operação Lava Jato, em que a Polícia Federal desbaratou um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, fizeram contribuições de R$ 500 mil cada para a campanha do senador eleito Ronaldo Caiado.
Trata-se da UTC e da OAS, cujos diretores estão presos por envolvimento direto com a distribuição de propinas a políticos, com dinheiro proveniente de obras da Petrobrás.
Segundo Caiado, as doações foram legais e estão declaradas na sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Sim, é verdade. Do ponto de vista jurídico, parece não haver reparos a fazer.
O buraco é mais embaixo.Caiado precisa responder, por exemplo, por que essas empreiteiras doaram recursos tão vultosos para a sua campanha? Qual a sua ligação com essas empresas? Quem foram os intermediários. Quais as justificativas, enfim, para as doações, uma vez que, quando foram feitas, no curso da campanha eleitoral, já se sabia que se tratava de companhias investigadas pela Operação Lava Jato?
Caiado se propõe a ser o político mais ético que já houve no Brasil. Está na hora de provar,esclarecendo todas essas dúvidas.
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