Tradicionalmente, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás é escolhido entre os deputados do partido com a maior bancada na Casa.
Assim, por exemplo, foram indicados nos últimos oito anos Jardel Sebba e Helder Valin, cada um com dois mandatos, sempre como integrantes da bancada do PSDB – a que tinha e continua tendo a bancada com o maior número de deputados.
OK.
Mas essa regra não é legal nem muito menos obrigatória, por qualquer meio. É apenas uma tradição. E mais: com todas as bancadas partidárias na Assembleia numericamente muito reduzidas, trata-se de uma tradição que não faz o menor sentido. Antigamente, quando partidos poderosos como o PSDB ou o PMDB, por exemplo, elegiam bancadas com grande quantitativo de parlamentares, até que podia ser. Hoje, não.
O PSDB, por exemplo, que na próxima Legislatura, a se iniciar em 1º de fevereiro de 2015, terá apenas seis deputados – seis. O PMDB, cinco. São números pífios, que não traduz nenhuma hegemonia ou preponderância de qualquer natureza na composição da Assembleia.
O próximo presidente do Poder Legislativo estadual, portanto, pode ser qualquer deputado, de qualquer partido, até mesmo aqueles com apenas um parlamentar na bancada. Vale mais o nome, a articulação, o projeto – e não a “força” da bancada.