A reforma administrativa em curso no Governo do Estado tem o objetivo declarado de enxugar estruturas funcionais e reduzir gastos – com o corte de despesas que são consideradas supérfluas e não se refletem em benefícios para a população.
É assim que será extinta a Agência Goiana de Comunicação. Mas a TV Brasil Central e a Rádio Brasil Central – que não têm audiência nem faturamento comercial para se sustentarem – vão continuar existindo e onerando os cofres estaduais sem oferecer nada em troca.
A TV e a Rádio Brasil Central correspondem a um conceito antigo e totalmente superado de ocupação, pelo Poder Público, de um espaço deixado em aberto pela iniciativa privada. No passado, serviços de TV e rádio difusão, em seus primórdios, tinham um sentido social e comunitário. Quando o Governo do Estado conseguiu as concessões e implantou esses veículos, a decisão foi acertada e justificável.
Hoje, nada disso faz sentido. Na época das grandes e poderosas redes de TV e rádio, a TV e a Rádio Brasil Central são unidades isoladas, têm audiência perto de zero e não atraem o interesse dos anunciantes. Gastam uma fortuna por mês, em recursos públicos, para manter centenas de funcionários, sem qualquer retorno para a população. São estruturas viciadas, arcaicas, defasadas tecnologicamente e inviáveis economicamente. E sem nenhum objetivo em termos de comunicação de massas.
Como não podem ser vendidas, por se tratar de concessões públicas, deveriam ser extintas – livrando o povo goiano de uma despesa inútil e injustificável.