A edição desta semana da revista Época destaca a iniciativa do governador Marconi Perillo (PSDB) de repensar o modelo de gestão da Educação do Estado, transferindo a parte burocrática da administração das escolas para Organizações Sociais. A reportagem, assinada pela jornalista Flávia Yuri Oshima, diz que o modelo deu muito certo em outros países e melhorou o desempenho dos alunos.
“É novidade no Brasil, mas não no mundo. Estados Unidos, Inglaterra, Chile, Suécia e Portugal estão entre os países com parceria público-privada na educação. Quando bem-sucedido, esse modelo mostra melhora significativa de resultados em comparação a média das escolas públicas. Os Estados Unidos têm a maior experiência com esse modelo, que lá existe há 22 anos. São 6,4 mil escolas charter, como são chamadas, com mais de 2,5 milhões de estudantes”, diz a reportagem.
“O maior estudo sobre as charters, finalizado neste ano pela Universidade Stanford, na Califórnia, mostra que, em média, os alunos negros e hispânicos têm desempenho superior em matemática e leitura ao de seus colegas da rede pública com a mesma origem. Isso mostra uma vocação das charters americanas: são escolas com grande capacidade de impacto nos grupos sociais em que a estrutura familiar e cultural não costuma ajudar (e pode até prejudicar) o aprendizado”.