sábado , 4 maio 2024
Sem categoria

“Não pagar dezembro foi opção política do governo Caiado”, afirma coronel Anésio

Bombeiros e policiais militares ativos e da reserva do Estado de Goiás têm um novo protesto marcado contra o atraso dos salários de dezembro. Será no dia 27 de março, às 14 horas,  na Praça Cívica, no Centro de Goiânia. “Foi uma opção política do governador deixar de quitar dezembro”, afirma o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (Assof), coronel Anésio Barbosa da Cruz Júnior.
A decisão deixou os servidores em uma situação inesperada, segundo ele, “sem perspectiva de quando a situação será definitivamente resolvida”. Nesta quinta-feira (7/3), os militares participaram de uma manifestação em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira. “Nós sempre temos dito que compreendemos as dificuldades financeiras enfrentadas, com essa possível crise, mas entendemos que a situação não é tão grave quanto se pinta”, comenta.
Anésio avalia que o atraso causa transtornos aos servidores, uma vez que os salários, por terem caráter alimentar, garantem sua “subsistência e dignidade”.  Diante desse quadro, “servidores não conseguem pagar contas de água, de energia, de cartões de crédito, impostos, entre outros”. O coronel diz também que a isonomia não foi respeitada, já que “apenas uma parte dos funcionários está sendo sacrificada”. Anésio se refere ao fato de algumas categorias terem recebido o salário de dezembro.
Conforme destacou o militar, a diferença de tratamento se estende no caso dos servidores inativos que receberam a folha de fevereiro somente nesta sexta-feira (8/3).  “Não podemos aceitar essa distinção”, destaca. Anésio também critica a proposta de pagamento da folha de dezembro de forma escalonada em até seis vezes, com início previsto para o mês de março, e cobra negociações para abertura de novas propostas.
Sem acordo, as categorias podem realizar paralisações parciais. “Nós sabemos que isso seria ruim para a sociedade. Não é o desejo de nenhuma das associações, mas infelizmente existe uma revolta”, revela. (Texto A Redação)