A demissão do diretor da Guarda Municipal, João França Neto, foi seguida de uma advertência verbal aos vereadores: qualquer novo ato de insubordinação às vontades do prefeito Paulo Garcia (PT) será punido com exoneração de apadrinhados políticos.
Além de João França, indicado pelo vereador Djalma Araújo (PT), também foi para guilhotina o ex-vereador Mozart Morais, que avia sido indicado por Gian Carlos (PSDB) para uma Secretaria Extraordinária. Ambos foram sumariamente degolados, sem aviso prévio – como era nos tempos de jacobinismo na França.
Djalma e Gian votaram a favor da derrubada do veto do prefeito à emenda que reduziria a carga horária de servidores da Saúde. A rebelião por pouco não causou estrago insanável. O placar da votação ficou empatado, e o Paço só venceu a batalha graças ao voto de minerva do presidente Clécio Alves (PMDB).
O castigo surtiu efeito, pelo menos no caso de Djalma. No exato dia em que a exoneração do diretor da Guarda foi publicada, ele subiu à tribuna para defender o prefeito e direcionar sua munição para o governador Marconi Perillo (PSDB). Todos os colegas notaram a mudança súbita de comportamento. Muitos, como Geovani Antônio (PSDB), manifestaram estranhamento.
Djalma recebeu o seguinte aviso: ou baixa a bola, ou o próximo a subir o cadafalso será o secretário municipal de Fiscalização, Allen Anderson Viana.
Preferiu baixar a bola. Foi vencido pelo jacobinismo.