Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na Assembleia Legislativa para apurar os supostos grampos – que ninguém nunca viu – em Goiás, o deputado Ney Nogueira (PP) jogou nesta sexta-feira um balde de água fria na “investigação.
Ney diz que o caso é de polícia e que a CPI não terá como encontrar provas e elementos sobre as “suspeitas”.
O raciocínio do deputado é genial: primeiro diz que o esquema de fato existiu, depois afirma que não há provas.
Como assim? Ou existiu ou não existiu.
O desânimo e a contradição de Ney Nogueira estão na coluna Giro desta sexta, veja:
Pergunta – O senhor é membro titular da CPI dos Grampos. Há evidências claras de que foram cometidos crimes em Goiás?
Ney – Todos os fatos apontados até agora mostram que, de fato, foi montado um esquema criminoso para invadir a privacidade nos meios eletrônicos de muita gente em Goiás. Mas dificilmente a CPI terá meios de encontrar provas e elementos sobre estas suspeitas, pois muitas já devem ter sido eliminadas. É um caso mais de polícia.