segunda-feira , 23 dezembro 2024
GoiásImprensa

Rosângela Chaves diz que os “reizinhos estão nus” na política. Esqueceu-se de que na imprensa também

O jornal O Popular, em sua edição desta quarta-feira, continua publicando artigos de jornalistas da sua equipe enaltecendo os protestos de rua e passando pito na classe política.

Dessa vez, é a jornalista Rosângela Chaves, que conclui um texto afirmando que as manifestações mostraram que “os reizinhos estão nus”.

“Reizinhos” seriam os políticos.

Rosângela, a exemplo de todos os outros profissionais do POP, não toca em um detalhe da maior importância: os protestos foram direcionados também contra a grande imprensa, da qual o Grupo Jaime Câmara – que edita O Popular – é o maior símbolo em Goiás.

Quatro veículos do GJC foram depredados nas ruas de Goiânia (e o carro de O Popular foi o primeiro e único de um jornal impresso brasileiro a ser atacado). Um repórter da TV Anhanguera, Honório Jacometto, foi hostilizado pelos manifestantes e teve de ser resgatado pela Polícia Militar. O prédio do GJC, na Serrinha, foi pichado com frases acusando “manipulação” por parte da mídia tradicional.

Exibindo erudição de Wikipédia, Rosângela Chaves bate nos políticos – merecidamente, aliás – mas ignora completamente que o trabalho dos profissionais de imprensa também está sendo questionado.

Na grande imprensa goiana, os “reizinhos também estão nus”.

 

LEIA MAIS:

Fúria contra velha e grande imprensa: 52 jornalistas foram agredidos nos protestos

Grupo Jaime Câmara manda apagar pichação na parede da sua sede no setor Serrinha

Em ato de humildade e sensível ao protesto das ruas, Fabiana conclui artigo com citação de leitora

Cadê a autocrítica? Levantamento mostra que maiores ataques à grande imprensa ocorreram em Goiânia

Jornalista do POP critica políticos, mas se esquece que a grande imprensa também é alvo dos protestos

Blog 24 Horas avisou, equipe do POP ignorou: há insatisfação das ruas com a grande imprensa

A mídia também está sob ataque. Leia artigo de Marcelo Coelho (Folha)

TV Anhanguera tenta minimizar ataque a veículos do GJC e diz que só haviam “oito ou dez vândalos” no protesto. Qual é?

Repórter começa com logotipos do GJC e Globo, afina e termina reportagem sem nenhuma identificação

“Imprensa nojenta, não me representa”, gritam manifestantes para repórteres da mídia tradicional em Goiânia. Tá ficando grave!

Ataque a carro de O Popular é o primeiro contra um jornal impresso em todo o país

Ataque dos manifestantes à grande imprensa deixa jornalistas perplexos e desorientados

Artigos relacionados

Goiás

Policial militar acusado de tentar matar jovem durante show sertanejo em Goiânia enfrenta julgamento

Júri popular O policial militar Henrique Cândido Negreiro, que é acusado de...

Goiás

Goiás violento: mulher agride mãe idosa após discussão em Anápolis

Violência Uma mulher é investigada por agredir a própria mãe idosa. O...

Goiás

Goiás violento: homem matou o namorado e vendeu o carro dele

Violência Um homem identificado como Francinaldo Silva Guimarães, de 26 anos, é...