quinta-feira , 28 novembro 2024
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Sintego repudia revista íntima em Colégio Militar

O Sintego repudia veementemente a exposição de crianças e adolescentes a situações vexatórias e de constrangimento, principalmente, no ambiente escolar. Na última sexta-feira (18), uma aluna do Colégio Militar João Augusto Perillo, na Cidade de Goiás, denunciou que ela e outros/as colegas foram obrigados/as a ficarem nus nos banheiros e passarem por revistas íntimas.

Alunos/as de uma única turma, que tem quase 40 estudantes, foram revistados para verificar se os/as estudantes estavam com drogas, pois houve uma denúncia de que estariam envolvidos/as com tráfico de entorpecentes.

Mesmo com a denúncia, o Sintego ressalta que este tipo de intervenção é opressiva, inapropriada e abusiva. Não aceitaremos calados nenhum tipo de violência física ou psicológica contra os/as estudantes/as, que apesar de estarem em um ambiente militarizado, continua sendo uma escola e não, o cárcere.

“Tinha uma policial no banheiro feminino e um policial no masculino. A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei. Me senti invadida”, disse ao portal G1 Goiás, a estudante que denunciou o caso e preferiu não se identificar. Isso é inadmissível!

O Comando Geral da Polícia Militar já determinou o afastamento do diretor e de outros dois policiais que trabalham na unidade escolar. Em nota, o Governo de Goiás destaca que foi pedida “a imediata instauração de procedimento administrativo, objetivando apurar os fatos relatados pelos alunos submetidos à busca pessoal”.

O caso foi denunciado ainda, pelos pais dos/as estudantes, ao Conselho Tutelar, que encaminhou um relatório para o Ministério Público de Goiás (MPGO). Segundo o Conselho Tutelar, a apuração vai definir se a revista vai contra o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O Sintego, que neste ano lançou a campanha “A Educação pede Paz”, contra qualquer tipo de violência nas escolas, acompanhará o caso de perto, e cobra a rápida apuração dos fatos.