O Ibope segue tendência do Instituto Gallup e diminui sua importância na mensuração da opinião pública brasileira. O instituto criado em 1942 não acompanha mais as modalidades modernas de sondagem de opinião e tem apresentado falhas em seus levantamentos, caso das eleições municipais ocorridas no ano passado.
Se somados os equívocos, o Ibope tem um acumulo negativo de mais de 100% de pontos e margens de erro equivocados. Há poucos meses, o levantamento do Ibope teve uma falha escandalosa em Manaus, por exemplo.
O instituto também mensurou as maiores torcidas do Brasil, com um erro gritante: o time do Goiás aparece bem à frente do time Vila Nova numa sondagem de opinião pública, quando o que se vê nos estádios e nas ruas é um equilíbrio entre as duas equipes – e quem sabe até uma superioridade vilanovense.
Nesta semana, o instituto realizou avaliação de governantes. A mensuração do Ibope não bate com a maioria das pesquisas realizadas em outros estados, caso de Goiás, que apresenta diferença de números e avaliações. O Serpes aponta números completamente diferentes na avaliação de governador.
O Ibope é conhecido por ter errado na primeira eleição de um petista, em 1985, na disputa por Fortaleza. Na época, o instituto disse que Maria Luiza, do PT, não seria eleita em hipótese alguma. O prefeito eleito seria Paes de Andrade (PMDB). O Ibope, logo, errou feio e entrou para a história como um dos institutos não confiáveis do pais.
Goiás
Em Goiás, o mais escandaloso erro foi cometido grosseiramente em 1998. O instituto deu vitória no primeiro turno, com mais de 20 pontos de frente, para Iris Rezende. Todos sabem o que aconteceu: Marconi Perillo foi eleito governador.
No ano de 1996, o Ibope apontou empate técnico entre Nion Albernaz e Luiz Bittencourt a poucos dias da eleição. O tucano venceu com 10 pontos de frente.
Em 2010, novo erro: o Ibope apontou, a uma semana da eleição, empate técnico com ligeira vantagem para Iris. Mais um erro: Marconi ganhou.
Com essa folha corrida, dá para acreditar?