O Diário da Manhã teve coragem nesta segunda-feira de dizer que muitas vezes o novo é velho. A reportagem mostra os riscos de cair facilmente no apelo do ‘novo’ na política. Os exemplos do novo que deram errado: Fernando Collor de Melo, Jânio Quadros, Adolf Hitler e em diversos momentos na história da Roma antiga, que teve cada maluco no poder que não é brincadeira – Calígula e Nero, que fez sexo com a mãe e depois a matou, são alguns dos exemplos.
Pela interpretação do jornal, o novo costuma ser sempre um risco. A eleição de Marconi Perillo, em 1999, foi uma das raras vezes que o novo efetivamente trouxe mudanças de qualidade.
O jornal recorda, por exemplo, das mudanças propostas pelo então jovem governador de Goiás: ampla reforma administrativa, investimento em educação (bolsa universitária, fomento da UEG, bolsas científicas) e cultura (criação do Fica, Canto da Primavera) e criação de programas sociais, como o ‘Renda Cidadã’.
O jornal mostra, portanto, que às vezes votamos mais com a emoção e menos com a razão. Pela reportagem, o efeito Marina Silva, que está na cola de Dilma Rousseff nas pesquisas, é a demonstração de que o povo caiu no canto da sereia: vota em alguém que não conhece.
E Marina repete Collor de Melo em diversas coincidências: vem de um pequeno estado, é fruto do marketing, criou um partido apenas para ser candidata, não tem apoio do Congresso Nacional e promete o ‘novo’ e a ‘renovação nacional’. Dá para acreditar?