Ex-secretário de Finanças da prefeitura de Goiânia, Jeovalter Corrêa disse em entrevista à rádio Sagres 730 Sagres que a capital não tem sustentação financeira para bancar a conclusão das obras já iniciadas sem os recursos do empréstimos contratado junto a Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo ele, aprefeitura tem atualmente caixa de R$ 1 bilhão, mas tem que arcar com uma folha de pagamento mensal de cerca de R$ 250 milhões.
O jornal O Popular revelou que a prefeitura decidiu não prorrogar o contrato de empréstimos de R$ 780 milhões, assinado em 29 de novembro de 2019 destinado a investimentos em obras, em especial ao recapeamento da pavimentação asfáltica. A prefeitura precisaria de R$ 338 milhões para concluir as obras já iniciadas. Como tem em caixa R$ 111 milhões que recebeu do contrato com a CEF, precisaria de R$ 227 milhões do Tesouro municipal para executar essas obras.
Jeovalter observa que, com as despesas com folha, custeio da máquina entre outras despesas, a retirada desse valor do Orçamento pode provocar déficit das contas públicas. “Não existe mágica. É só colocar os números na ponta do lápis para ver que sem o dinheiro do empréstimo da CEF não haverá outra alternativa: ou terá déficit nas contas e o terá que paralisar as cobras”, sublinhou.
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