quinta-feira , 28 novembro 2024
Imprensa

Brasil 247 marca data para a morte dos jornais impressos no Brasil: será no ano 2027

Veja texto publicado pelo site Brasil 247:

Morte dos jornais tem data: no Brasil, em 2027

Faltam 14 anos para que os jornais impressos desapareçam do mapa no Brasil; os dados fazem parte de um estudo da consultoria americana Future Exploration Network; nos Estados Unidos, a morte virá mais cedo, já em 2017, e a família Graham, que vendeu o Washington Post para Jeff Bezos, da Amazon.com, talvez tenha pressentido o fim; o último país do mundo a abolir os jornais, segundo o estudo, será a vizinha Argentina

18 de Agosto de 2013 às 17:54

247 – Durante mais de 100 anos, a família Graham comandou um jornal que se transformou num símbolo de influência e poder nos Estados Unidos. O Washington Post, o jornal que derruba presidentes, era o ícone maior da imprensa americana. No entanto, há duas semanas, os Graham capitularam e venderam o Post por US$ 250 milhões para o bilionário Jeff Bezos, da Amazon.

Depois disso, o maior jornal americano, o New York Times passou a ser apontado como a “bola da vez”. E seu publisher, Arthur Sulzberger Jr., embora tenha negado a intenção de repassar o controle, vendeu na semana passada um grande lote de ações pessoais. O motivo: a cada dia, as empresas de mídia impressa valem menos. Sulzberger sabe disso melhor do que ninguém porque vendeu o Boston Globe, que havia comprado por US$ 1,1 bilhão, por apenas US$ 70 milhões.

Os jornais impressos estão morrendo nos Estados Unidos – mais de 200 fecharam desde 2008 – e no mundo todo. Diante dessa transformação estrutural, um estudo da consultoria Future Exploration Network decidiu cravar a data para a morte das edições em papel em vários países do mundo.

Nos Estados Unidos, o funeral está próximo e ocorrerá já em 2017. Ou seja: dentro de quatro anos, não haverá mais edições em papel no país. O negócio se tornará antieconômico. No Brasil, dentro de 14 anos, não haverá mais Folha, Globo e Estadão. Ao menos, nas versões em papel, se o estudo estiver correto. O país que mais tarde se livrará dos jornais em papel será a Argentina, onde a morte está prevista para 2039 – a pesquisa foi feita levando em conta os hábitos de leitura de cada país e também a adesão às novas tecnologias, como os tablets e smartphones, que se convertem, cada vez mais, nas novas plataformas de leitura.

A morte dos jornais impressos não significa que marcas tradicionais irão desaparecer. O britânico The Guardian avalia encerrar suas edições em papel e circular apenas nos meios eletrônicos. O Financial Times, que tem 350 mil assinantes online, diz que irá priorizar sua plataforma com mais assinantes – e o meio online deve superar o papel já em 2013.

Depois da morte inevitável do papel, o debate será travado entre publicações pagas, como a Folha, que institui seu paywall, o muro de cobrança, e as gratuitas, como o 247. O argumento de quem contesta os mecanismos de pagamento é simples. Se não há mais o custo industrial, com a impressão, nem o de distribuição, por que o conteúdo deve ser cobrado?

Artigos relacionados

Imprensa

Imperdível: Messias da Gente entrevista Ministra Cármen Lúcia na TV Cultura de Brasília

O jornalista Messias da Gente, TV Cultura/DF, gravou uma entrevista especial para...

Imprensa

Cileide Alves aponta característica autoritária de Caiado no O Popular. Parabéns, ótimo artigo

A jornalista Cileide Alves escreveu um belo artigo neste sábado (25) no...

Imprensa

Moraes prepara pedido de prisão de Bolsonaro, diz site

Segundo informações do site Metrópoles, pessoas que trabalharam com Bolsonaro e que...

Imprensa

Site do ‘zero ou dez’ com Carlinhos do Esporte da Terra FM cumpre como poucos vereadores o papel de fiscalização na capital

Carlinhos do Esporte (Terra/FM) é atuante no blog https://carlinhosdoesportebairros.com.br e cumpre um...