Próximo ao feriado da independência no dia 7 de setembro, os governadores se articulam para evitar a participação de policiais militares nos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro. Um levantamento realizado pelo jornal O Globo mostrou que oito estados e o Distrito Federal deverão punir os PMs e oficiais que participarem; dez afirmaram não ter um plano definitivo; dois irão seguir o regimento interno, que autoriza aos policiais participarem de manifestações, desde que não usem a vestimenta oficial da instituição; outros sete não se pronunciaram.
A preocupação com a ida de policiais aos protestos veio à tona nos últimos dias quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu exonerar o comandante da Polícia Militar, coronel Aleksander Lacerda. Nas redes sociais, o coronel fez uma convocação para o ato bolsonarista em Brasília, além de ter criticado o tucano, outros políticos e o Supremo Tribunal Federal.
Em nota, Doria afirmou que “a Corregedoria da instituição, que é legalista e tem o dever e a missão de defender a Constituição e os valores democráticos do país nela expressos, analisa as manifestações recentes do oficial, que foi convocado ao Comando Geral para prestar esclarecimentos”.
No DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), afirmou que policiais militares da ativa que participarem das manifestações do 7 de setembro serão punidos.
“Cada um faz o que quer dentro dos limites da lei”, explicou o chefe do executivo do Distrito Federal em conversa com o Congresso em Foco sobre a participação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nos atos antidemocráticos convocados para o feriado. “Claro que sim [que punirá policiais].”
Além do Distrito Federal e São Paulo, os estados da Bahia, Paraíba, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Amazonas e Roraima também preveem punição aos PM’s que participarem de atos antidemocráticos.