segunda-feira , 25 novembro 2024
Notícias

CPI da Covid vai denunciar Bolsonaro ao Tribunal Penal Internacional

A CPI da Covid vai encaminhar ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, cópia do seu relatório final, denunciando o presidente Jair Bolsonaro por crime contra a humanidade. A decisão foi acertada entre o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o grupo majoritário da comissão, o chamado G7. A denúncia se sustentará em dois pontos: a crise com o desabastecimento de oxigênio em Manaus e a falta de políticas de proteção para os povos indígenas durante a pandemia.

“No estado do Amazonas teve implantação clara da imunidade de rebanho. Chegou a ter mais de 200 mortes em apenas um dia. A população clama por oxigênio, em vez de mandarem oxigênio, mandaram 120 mil comprimidos de cloroquina”, disse ao Congresso em Foco a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). “Isso é crime contra a humanidade, isso é crime grave. O relatório deverá ser enviado ao Tribunal de Haia”, acrescentou.

Crime contra a humanidade é um termo de direito internacional que se refere a atos deliberadamente cometidos como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra qualquer população civil. Em funcionamento desde 2002, o Tribunal Penal Internacional é uma corte permanente e independente que julga pessoas acusadas de crimes como genocídio, de agressão, contra a humanidade e de guerra. “São processos muito longos. Mas há elementos para a denúncia”, considera o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante do G7.

Alguns desses elementos estão presentes no parecer entregue nessa terça-feira (14) à CPI por um grupo de juristas a pedido de Alessandro Vieira. O grupo liderado por Miguel Reale Junior atribuiu ao presidente a prática de crimes contra a saúde pública, contra a administração pública, contra a paz pública e contra a humanidade. Também acusa Bolsonaro de ter cometido infração de medidas sanitárias preventivas, charlatanismo, incitação ao crime e prevaricação. Uma das signatárias do documento é a juíza aposentada Sylvia H. Steiner, que atuou no Tribunal Penal Internacional entre 2003 e 2016 e conhece como poucos os meandros da corte.

Artigos relacionados

Notícias

Noiva é acusada de racismo após rejeitar cerimonialista negra; “estamos preferindo pessoas brancas”

Racismo • Uma noiva de Piracicaba (SP) foi denunciada por racismo após...

Notícias

Documentário “Edson, O Monstro Sagrado” estreia nesta segunda no Cine Ouro

Homenagem • O documentário “Edson, O Monstro Sagrado” será lançado nesta segunda-feira,...

Notícias

Jogador de futebol amador morre após se afogar em represa de Inhumas

Tragédia Um jogador de futebol amador morreu após se afogar em uma...

Notícias

Goiás violento: homem é assassinado com um tiro na cabeça no meio da rua em Senador Canedo

Homicídio • Um homem foi assassinado em plena luz do dia com...