Começou mal a tentativa do advogado Nile William, bate-pau da tropa de choque do consórcio PT-PMDB de Catalão, de ser articulista de jornal.
Numa de suas primeiras aventuras pelo mundo das letras, numa publicação impressa, Nile debulhou um sequência de argumentos vazios e sem consistência que nem mereceriam respostas, tal a quantidade de asneiras colocadas no papel, gastando-se o precioso espaço do Diário da Manhã com um monte de bobagens dignas de um estudante de primeiro grau.
Mesmo assim, o secretário de Articulação Institucional, Joaquim de Castro, perdeu seu tempo para dar uma aula de Direito e história ao aprendiz de polemista.
Um cala-boca bem dado e sem margem de tréplica. Um tiro de canhão numa mosca.
Uma lição que Nile William certamente jamais se esquecerá se tiver brio e respeito por sua imagem.
Melhor era ele ter ficado calado.
Veja o artigo:
Crítica vazia
Diário da Manhã
Joaquim de Castro
Além de irresponsáveis, são mal embasadas as informações contidas no artigo do advogado Nile William, publicado na edição do DM de ontem. Das duas, uma: o referido “advogado, mestre em Direito pela UFG e professor universitário” – ele assim se proclama – não acompanha o noticiário ou finge ignorar os fatos para construir a versão da realidade que lhe convém. Seu raciocínio nos leva a optar pela segunda possibilidade.
A verdade é que a imprensa de Goiás nunca foi tão livre. Diariamente, jornalistas, articulistas, lideranças políticas e de classe, além dos cidadãos em geral veiculam livremente suas avaliações, críticas e o opiniões sobre a atuação das diferentes esferas de Poder e governos, de forma indistinta. Sem sombra de dúvida, o governo de Goiás está entre os mais cobrados, porque todos sabem que é muito ampla a gama de compromissos firmados pelo governador Marconi Perillo com a sociedade goiana. Compromissos estes que o governador vem trabalhando incansavelmente para cumprir.
O governador e o governo de Goiás jamais se furtaram a acompanhar e se debruçar sobre as críticas, entre elas as feitas pela oposição. O governador respeita todos os posicionamentos, de forma indistinta. Muito diversa, entretanto, é a aceitação da prática irresponsável e antidemocrática da injúria e da difamação, para a qual descamba, infelizmente, uma minoria de opiniões. Assim como é do processo democrático o direito à livre manifestação, também é inerente ao debate republicano de ideias a prerrogativa da defesa e a responsabilidade dos cidadãos sobre os seus atos. O advogado Nile William, como mestre e professor do Direito, deveria saber disso.
As declarações do advogado caem em descrédito quando ele tenta ludibriar seus leitores com comparações falaciosas como as feitas para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se notabilizou, no Brasil e no exterior, por sua conduta avessa a toda e qualquer contraditório e por diversas vezes culpar a imprensa por simplesmente mostrar mazelas como a do escândalo do mensalão – confirmado e atestado pelo julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No que tange à liberdade de imprensa, ainda está viva na memória da imprensa nacional e estrangeira a tentativa do ex-presidente, por exemplo, de tentar extraditar o jornalista norte-americano Lerry Rother.
Mais débil ainda é a comparação esdrúxula do sistema político brasileiro, que vive um profundo e irreversível processo de amadurecimento democrático, com as ditaduras seculares, baseadas na opressão e na tortura. São argumentos que denotam total ausência de domínio do processo histórico e político, que certamente envergonham as instituições públicas de ensino superior que formaram o referido advogado. Vê-se que ele se apropriou do saber e agora o regurgita para defender posições políticas ocultas e interesses partidários escusos.
Não é demérito algum pertencer a grupos ou partidos políticos de oposição. Ao contrário, é salutar para o processo político e democrático. Mas é demérito, sim, o debate vazio e sem propostas, porque ele serve apenas de cabo de chicote para interesses particulares e pessoais, reflete a luta pelo poder como um fim em si mesmo e não contribuem para o importante debate que está sendo travado na sociedade brasileira – na esteira das manifestações populares País afora – por uma Nação mais justa e com serviços públicos de qualidade.
O governador Marconi Perillo e o governo de Goiás, por outro lado, mantêm-se firmes no compromisso de trabalhar pela conclusão da proposta administrativa construída em conjunto com a sociedade goiana, resultado de uma profunda consulta que começou na campanha eleitoral e se estende até hoje. Recebemos com imenso respeito todas as críticas, positivas ou não, e estamos nos debruçando sobre todas elas, de forma indistinta. Paralelamente, estamos trabalhando e apresentando os resultados de nossa gestão, em todas as áreas da vida da população de Goiás.
(Joaquim de Castro, deputado estadual licenciado/PSD; secretário de Estado de Articulação Institucional)